sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Contos de Terror

De vez em quando nós temos que encarar certos lugares meio sinistros e sombrios. Nem todos estão preparados para essas tarefas. Principalmente as meninas. Perdemos as contas das vezes que elas vinham de cabelo em pé do IML, por exemplo. E o que falar dos velhos casarões?
Havia um antigo casarão com fama de mal assombrado no quarteirão de uma ACE. Ela então, com medo, chamou a sua supervisora para ir junto. Eu não sei de onde ela tirou essa idéia tão brilhante pois a supervisora era ainda mais medrosa que ela. Mesmo assim elas foram, entraram, e um velhinho que cuidava da casa as acompanhou. Já estavam no terceiro andar, passando por um corredor estreito e iam levando as suas lanternas à mão. A agente, a supervisora e o velhinho, nesta ordem. Quando foram entrar em um cômodo deram de cara com um gato que assustado chiou. A agente que estava na frente soltou um grito, a supervisora sem saber o que era gritou também e saíram correndo derrubando o pobre do velho. O gato, mais assustado ainda com os gritos delas, correu e pulou pela janela. Do 3° andar! Certamente deve ter passado por algum caminho de gato mas o certo é que ele nunca mais foi visto.
Há também um hospital muito grande e cheio de setores desativados. Certa vez duas ACEs, que chamarei aqui de Cristal e Rubi foram vistoriar um desses setores. Cristal achou estranho que em determinados lugares do prédio as lanternas não funcionavam. Já Rubi ao entrar num quarto encontrou um paciente. Ela lhe disse que pensava que o prédio estivesse todo desativado e ele a respondeu dizendo que só estava aguardando para que o médico lhe desse alta. Continuando a vistoria, Rubi contou o ocorrido para a Cristal e o funcionário que as acompanhava e este lhes disse que isto era impossível pois este setor já estava fechado há mais de dez anos. Quando Rubi os levou ao quarto onde havia encontrado o paciente, só o que encontraram foi uma cama vazia, sem nem mesmo colchão. Visita encerrada. Precisa dizer mais?
No mesmo hospital, em outro dia, dois outros agentes, que aqui chamarei de Esmeralda e Topásio, vistoriavam um outro setor. Logo que tomaram o elevador para ir até o último andar o acessorista os alertou para terem cuidado com um braço que estaria por lá. Os dois deram de ombros, afinal mesmo se tivesse um braço solto por aí o que é que ele faria? Realmente ninguém viu o tal "braço". A única coisa estranha era que toda vez que eles iam descer pelas escadas eles ouviam um assobio que vinha não se sabe de onde.
Chegaram então em um andar onde encontraram um bando de filhotes de gatos. Como Esmeralda adora felinos, logo ficou toda empolgada querendo brincar com os gatinhos. Foi quando surgiu, saindo de uma sala um filhotinho todo preto correndo em sua direção mas que depois deu meia volta e voltou correndo para a mesma sala. Esmeralda, chamando Topásio, foi atrás do gato mas ao entrarem na sala se surpreenderam ao notar que o bichano havia desaparecido. Era uma sala pequena, sem mobílias e com uma só janela muito alta que, além de ser visível da porta, o diminuto filhote não alcançaria. Não havia como o gato ter passado pelos dois ACEs.
O mais esquisito é que na hora que eles estavam saindo do prédio escutaram mais uma vez aquele assobio misterioso.
Será que foi obra da maldição do "braço"?

2 comentários:

  1. Não sei se resolveu me seguir porque gostou do blog ou se descobriu que também sou um ACE. De repente é alguém que eu conheço, ou é fã de quadrinhos, ou simplesmente é uma incrível coincidência, de qualquer forma achei o blog muito legal, e embora eu esteja temporariamente fora do campo (sem bolsa), tenho um zilhão de histórias pra contar e muita coisa para ler aqui. Estou feliz que companheiros de trabalho tenham iniciativas como esse blog. Sou seu fã!

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  2. Você também é ACE? Incrível, que coincidência! O seu blog é muito maneiro. Também sou seu fã. Por aqui eu ando meio parado por causa de projetos paralelos (faculdade por exemplo) mas ainda tenho muitas histórias pra contar.

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