quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O que é que a Baiana tem?...

Havia um ACE em um PA onde trabalhei que era uma figuraça. Eu o chamarei aqui pelo pseudônimo de Juruna.
Pois bem. Juruna era o tipo do cara machista, que se dizia pegador, garanhão e tal. Sempre voltava do campo contando vantagens de que tinha visto alguma mulher gostosa bonita lhe dando mole. Em geral não acreditávamos nas suas anedotas.
Dizia ele que estava namorando uma baiana linda e maravilhosa. Nós nunca soubemos o real nome dela, por isso até hoje só a conhecemos como Baiana, mas a sua existência foi comprovada, para o desespero do próprio Juruna.
Foi num dia chuvoso, não tínhamos o que fazer a não ser ficar no PA jogando conversa fora. Subitamente manifesta-se em nossa porta uma estranha criatura trajando colete de futebol, um buço enorme, coçou a virilha, deu uma cusparada e chamou com uma voz grossa:
- Juruna! Vem cá!
Minto, ela não disse "Vem cá!", só chamou o nome e o Juruna atendeu prontamente indo todo cabisbaixo conversar com ela do lado de fora.
Ficamos todos perplexos ao testemunhar tal bizarra aparição em plena luz do dia e só depois de algum tempo é que fomos deduzir que aquela era a Baiana. "Linda e maravilhosa" só se for pra ele.
Foi muito cômico de ver o outrora tão marrento Juruna ali todo submisso ouvindo esporro da Baiana. Fazer o quê? Se ele dissesse algo que ela não gostasse era capaz de apanhar feio.
Mas eles se entenderam depois disso. Dizem até que eles estão juntos até hoje.
O amor é mesmo lindo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cavalo-de-pau na ponte

As vezes nós escutamos dos nossos colegas umas historinhas, digamos, meio difíceis de acreditar. Mas a gente está aí pra tudo. Temos que aprender principalmente com os mais velhos.
Um camarada, chamaremos ele aqui de Obama, nos contou o seguinte causo:
Em 1969, estava ele indo para o trabalho no Centro, dirigindo um fusca. Vinha de Madureira e, como estava atrasado, acelerou a 130km/h na Avenida Brasil.
Quando chegou ao bairro do Caju, Obama se confundiu com as placas e acabou pegando a Ponte Rio Niterói. Ao perceber que havia errado o caminho, acelerou ainda mais chegando a 180km/h. Com um fusca! Pensou: "Eu vou lá, faço o retorno rapidamente e volto pro Rio.".
Mas Obama se esquecera do pedágio. Quando viu que se aproximava da praça do pedágio, lembrou que não teria dinheiro para pagar. E agora?
Foi aí que ele exclamou:
- Não vou pagar merda de pedágio nenhum!
Acelerou mais o seu fuscão e deu um cavalo de pau de tal maneira que saltou sobre a mureta e foi parar na pista que volta para o Rio.

Impressionante! Arrepia os cabelos só de imaginar! Virou meu herói!

Uma manobra dessas com um fusca na Ponte em 1969... Peraí!
A Ponte foi inaugurada em 1974!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Rabinho

Certo dia um colega nosso visitava um edifício comercial com vários escritórios, chamarei-o aqui de Mickey.
Na época vistoriava-se todas as salas e apartamentos. Ou foi num bloqueio? Não lembro. Só sei que o Mickey teria que vistoriar todo o prédio.
Foi lá ele, em sua rotina diária, do décimo ao primeiro andar, vistoriando pratinhos de plantas, ralos (mesmo quando desnecessariamente), e dizendo sempre as mesmas coisas para todo mundo.
Mas de repente, a partir mais ou menos do oitavo andar, Mickey começou a perceber que a atitude das pessoas em relação a ele havia mudado.
Normalmente a maioria das pessoas nos olha de cara feia, tipo: "-lá vem aqueles chatos de novo". Mas agora as pessoas o estavam atendendo com sorrisos e por onde ele passava, as moças davam risinhos e sussurravam entre elas.
Aí o Mickey se sentiu o gostosão. E falava, gastava o tempo, piscava pras meninas, e todos riam e o achavam o máximo.
Só quando ele chegou ao primeiro andar é que ele foi ver o porquê.
Acontece é que quando ele estava lá no oitavo andar vistoriando um banheiro, um rolo de papel higiênico se enganchou na sua bolsa e conforme ele ia andando ia arrastando um "rabo" de papel.
Realmente as meninas não estavam rindo para ele.