quinta-feira, 10 de março de 2011

Vai uma rosquinha?

Existem ACEs que merecem um capitulo à parte, existem uns que merecem até mesmo um blog à parte. Um desses ícones da nossa história é quem eu chamarei aqui de Araribóia e este é um de seus causos.
Araribóia era um cara muito louco, inquieto, revoltoso, falava de sacanagem o tempo todo e, apesar de se dizer mulherengo, às vezes ele dava uns deslizes esquisitos. Como ele não hesitava em tirar sarro de todo mundo, nós também não perdíamos uma chance de tirar sarro dele.
Houve um tempo em que Araribóia começou a vender biscoitos caseiros que ele mesmo fazia. E saía por aí combatendo a dengue e vendendo a rosca os biscoitinhos para os moradores.
Um dia um colega da nossa turma, pseudônimo Chaves, estava fazendo visita num prédio e, para não ter que voltar no dia seguinte, ficou até o limite do horário e conseguiu terminar o prédio. Naquela época éramos obrigados a visitar todos os apartamentos dos prédios, era T100%, e naquele dia Chaves chegou no PA com nada menos que 10 FADs cheios.
Como no tal prédio a turma já sabia que moravam muitos homosexuais, já começaram a debochar de Chaves em tom de brincadeira. Foi quando Chaves revelou:
-Adivinha quem eu encontrei lá no prédio, de folga, dentro do apartamento de um viado gay, vendendo a rosca biscoitos? Araribóia.
Nem preciso dizer a zoação que veio a seguir.
Não sei se Araribóia conseguiu vender todos os seus biscoitos mas a rosquinha dele está queimada até hoje.

Bonde dos carecas

Tem gente que pede para ser zoado. Sei lá, deve ser por vontade de aparecer. Num dia desses um ACE chegou com uma história meio estranha. Vou chamá-lo aqui pelo pseudônimo de Spielberg.
Spielberg era um ACE típico, normal, não fedia nem cheirava, nem muito alto nem muito baixo, nem muito gordo nem muito magro, enfim um figurante sem graça. Ou seja, seria um figurante sem graça se não fosse pelas pérolas impagáveis que solta de vez em quando. Um dia desses ele chegou com essa história:
"Eu fui pra academia ontem e estava malhando lá sossegado, quando entrou uma turma de skin heads, sabe, aqueles carecas neonazistas. Eram uns seis, todos mal encarados e cheios de tatuagens. Fiquei na minha, continuei malhando, mas eu notei que eles começaram a me cercar. Pôxa, fiquei meio sem graça e achei que eles de repente deveriam estar querendo usar o aparelho no qual eu estava. Então saí do aparelho e fui para outro. Comecei a malhar de novo e já estava quase a vontade quando percebi que os carecas estavam me cercando de novo. Aí eu comecei a ficar bolado, peguei as minhas coisas e fui embora.
Sabe como é, né? Esses carecas neonazistas não gostam de negros, judeus e nem de gays."
Nesse momento Spielberg fez uma pausa e, como ele não é negro, todos ficaram se perguntando se por acaso ele seria judeu. Aí ele soltou a pérola:
-Judeu eu não sou, né ...
Depois não quer ser zoado.
Ainda mais depois que, numa conversa surgiu o assunto e ele quase deu uma aula sobre boiolice:
-Pra ser gay o cara tem que ...
Pô, o cara deve ser profissional, sabe-se lá o que ele faz nas horas vagas. É brincadeira, apesar de tudo o cara é maneiro.
Spielberg, um abraço... mas de longe. rsrsrs

quinta-feira, 3 de março de 2011

Olha lá o otário!

Uma vez, um ACE, que vamos chamar aqui de Donald, pegou carona na viatura do supervisor geral.
Estava indo tudo bem, fazia muito calor e os dois conversavam tranquilamente para se distrair no transito lento do centro da cidade. Com a janela aberta, Donald fumava um cigarro.
Então o carro emparelhou com um ônibus dentro do qual havia uma turma de colegiais encapetados tocando o maior zaralho.
Quando os garotos olharam para ele, sabe-se lá porque, não foram com a cara dele e um dos moleques gritou:
-Ei, ei, olha lá um otário!
E mandou uma cusparada na cara do Donald. E o ônibus andou.
Constrangido, Donald limpou o rosto, fechou a janela e ficou reclamando junto ao supervisor, mas não dava para fazer mais nada.
O transito andou e como estava ainda com o cigarro aceso, Donald teve que abrir a janela de novo. Mas tamanho foi o seu azar que o carro emparelhou novamente com o mesmo ônibus e o mesmo moleque gritou novamente:
-Ei, olha lá o otário de novo!
E mandaram-lhe mais uma tremenda cusparada na cara do Donald.
Mas dessa vez, Donald desceu do carro furioso xingando todo mundo e soltando fumaça pelas ventas.
Entrou no ônibus, o cobrador queria barrá-lo mas ele fez questão de pagar a passagem, mas quando passou da catraca a mulecada já tinha descido do coletivo. E ele desceu atrás mas foi detido pela "turma do deixa disso". Donald gritou, xingou, esperniou, falou que ia matar e tudo, mas não teve jeito.
Pivetada 2 otário 0.
Será que o Donald teria mesmo cara de pato?