quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A constante do sofá

Ultimamente eu venho notando um fato curioso. Já repararam que quando nos deparamos com um acumulo de lixo entulhado em qualquer parte da rua ou em um terreno baldio há sempre um sofá? Pode até ser apenas uma cisma minha mas o índice de confirmação é notório. É verdade, sempre tem um sofá no meio dos cenários trash. Houve um tempo em que os antigos monitores é que reinavam. Pelo visto essas substituições foram bastante rápidas e os novos modelos resistem melhor ao desgaste do cotidiano.
Mas os sofás não. Afinal, coitados, são alvo das garras e dentes dos animais domésticos, usados como trampolin pelas crianças, de vez em quando até recebem um banho acidental de alimentos e bebidas, isso sem mencionar o que fazem os casaizinhos apaixonados. Por esses e tantos outros motivos é que esses móveis acabam tendo que ser trocados com tanta frequência.
O pior é que as pessoas geralmente não sabem como se livrar de um objeto tão grande e volumoso. Jogam por aí aonde der e mesmo assim essa não é uma tarefa que alguém possa fazer sozinho. Rasgar, desmontar e quebrar até caber em sacos de lixo é trabalhoso demais. Inviável.
O que as pessoas precisam saber é que há alternativas saudáveis para essa situação. Elas poderiam simplesmente doar para pessoas mais carentes, reformar, existem lojas que compram e reformam móveis usados e ainda tem o disk entulho. Só o que não pode é a gente conviver com toda essa poluição visual.
Dar continuidade à constante do sofá é o mair mico.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Contos de Terror

De vez em quando nós temos que encarar certos lugares meio sinistros e sombrios. Nem todos estão preparados para essas tarefas. Principalmente as meninas. Perdemos as contas das vezes que elas vinham de cabelo em pé do IML, por exemplo. E o que falar dos velhos casarões?
Havia um antigo casarão com fama de mal assombrado no quarteirão de uma ACE. Ela então, com medo, chamou a sua supervisora para ir junto. Eu não sei de onde ela tirou essa idéia tão brilhante pois a supervisora era ainda mais medrosa que ela. Mesmo assim elas foram, entraram, e um velhinho que cuidava da casa as acompanhou. Já estavam no terceiro andar, passando por um corredor estreito e iam levando as suas lanternas à mão. A agente, a supervisora e o velhinho, nesta ordem. Quando foram entrar em um cômodo deram de cara com um gato que assustado chiou. A agente que estava na frente soltou um grito, a supervisora sem saber o que era gritou também e saíram correndo derrubando o pobre do velho. O gato, mais assustado ainda com os gritos delas, correu e pulou pela janela. Do 3° andar! Certamente deve ter passado por algum caminho de gato mas o certo é que ele nunca mais foi visto.
Há também um hospital muito grande e cheio de setores desativados. Certa vez duas ACEs, que chamarei aqui de Cristal e Rubi foram vistoriar um desses setores. Cristal achou estranho que em determinados lugares do prédio as lanternas não funcionavam. Já Rubi ao entrar num quarto encontrou um paciente. Ela lhe disse que pensava que o prédio estivesse todo desativado e ele a respondeu dizendo que só estava aguardando para que o médico lhe desse alta. Continuando a vistoria, Rubi contou o ocorrido para a Cristal e o funcionário que as acompanhava e este lhes disse que isto era impossível pois este setor já estava fechado há mais de dez anos. Quando Rubi os levou ao quarto onde havia encontrado o paciente, só o que encontraram foi uma cama vazia, sem nem mesmo colchão. Visita encerrada. Precisa dizer mais?
No mesmo hospital, em outro dia, dois outros agentes, que aqui chamarei de Esmeralda e Topásio, vistoriavam um outro setor. Logo que tomaram o elevador para ir até o último andar o acessorista os alertou para terem cuidado com um braço que estaria por lá. Os dois deram de ombros, afinal mesmo se tivesse um braço solto por aí o que é que ele faria? Realmente ninguém viu o tal "braço". A única coisa estranha era que toda vez que eles iam descer pelas escadas eles ouviam um assobio que vinha não se sabe de onde.
Chegaram então em um andar onde encontraram um bando de filhotes de gatos. Como Esmeralda adora felinos, logo ficou toda empolgada querendo brincar com os gatinhos. Foi quando surgiu, saindo de uma sala um filhotinho todo preto correndo em sua direção mas que depois deu meia volta e voltou correndo para a mesma sala. Esmeralda, chamando Topásio, foi atrás do gato mas ao entrarem na sala se surpreenderam ao notar que o bichano havia desaparecido. Era uma sala pequena, sem mobílias e com uma só janela muito alta que, além de ser visível da porta, o diminuto filhote não alcançaria. Não havia como o gato ter passado pelos dois ACEs.
O mais esquisito é que na hora que eles estavam saindo do prédio escutaram mais uma vez aquele assobio misterioso.
Será que foi obra da maldição do "braço"?