sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Fome do Cão

Havia uma ACE que gostava muito de animais, especialmente de cães, vamos chamá-la de Barbie.
Certo dia, ela estava caminhando pelo quarteirão quando viu um cãozinho abandonado na rua. Logo, Barbie começou a acariciar e falar com o bichinho e este, por sua vez, abanava o rabo e fazia gracinhas para ganhar mais agrados.
E Barbie disse:
-Você parece estar com fome, cãozinho, calma que eu vou arrumar uma comidinha para você.
Disse isso e se encaminhou a um humilde bar e restaurante que funcionava ali perto.
O dono do restaurante já chegou com um grande sorriso;
-Pode vir! Pode encher o prato! É bom ter gente da prefeitura aqui no estabelecimento!
Barbie respondeu:
-Muito obrigada, mas hoje eu só vou querer carne.
-Ah, mas pode pôr o que quiser, tem arroz, feijão, arroz de carreteiro, feijão tropeiro, salada, banana assada, o que quiser que é sem balança.
-Tudo bem, moço, mas é que hoje eu só vou querer carne mesmo.
-Ah, mas a senhora não vai querer levar nem um arrozinho, uma saladinha, nem nada?
Já cansada de tanta insistência, Barbie falou:
-Eu não vou querer nada disso, não, porque essa comida é pro cão.
Dito isso o dono do restaurante não disse mais nada, fechou a cara e fez o seu trabalho sem dar nem mais um pio.
Barbie achou estranho a mudança de atitude do homem mas só depois de um tempo ela se tocou que quando ela disse que a comida era "pro cão", o moço deve ter pensado que se tratava de uma oferenda para o, como posso dizer, dimonho.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Sabedoria Chinesa

Certa vez um ACE, que aqui chamaremos de Beethoven, estava trabalhando em um bazar de chineses quando resolveu comprar um chaveiro.
Comprou um daqueles chaveiros que vêm com um pingente imitando cristal com uma imagem tridimencional dentro, pela bagatela de três reais.
Naquele dia, Beethoven chegou ao PA todo contente mostrando a todos o seu novo acessório e a pechincha que tinha feito. Mexe daqui, mexe dali, acabou descobrindo que haviam baterias no interior do chaveiro. Curioso, disse:
-Pra que será isso? Acho que esse pingente acende. Mas não está funcionando. Vou levar de volta à loja para trocar.
Então Beethoven voltou à loja na parte da tarde e falou com a atendente:
-Moça, eu comprei esse chaveiro aqui por três reais e ele tem umas baterias pra acender mas não está funcionando.
A atendente, uma chinesa não muito diferente da maioria das chinesas, respondeu com aquele sotaque típico:
-Non funciona... tlês real, non funciona... Que funciona, cinco real!
Lição do dia: Quem tem olho grande não entra na China mas chinês de olho grande vem pro Brasil.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

As calças perdidas

Havia um supervisor geral que sabia da existência de uma fonte de água natural (assim me foi passado), e queria um voluntário para ir com ele buscar água. O ACE, que chamaremos aqui de Tom Hanks, se voluntariou a ir com ele, até aí tudo bem, só que na volta ele estava todo encharcado de suor e com uma calça diferente da que tinha ido. Logo todos no PA ficaram perguntando o que tinha acontecido e Tom Hanks não sabia se explicar. Dizia que tinha perdido a calça, mas como alguém perde uma calça assim? E ele disse ainda que tinha acontecido uma série de percalços pelo caminho, a kombi quebrou e outras coisas, e quanto mais tentava se explicar mais se complicava.
Por fim acabou soltando essa pérola:
-Naquele dia foi a maior sacanagem, aconteceu de tudo!
A galera não perdoôu e a zoação foi geral. Só sei que depois daquele dia ninguém mais quis saber de buscar água na fonte.
Mas esse não foi o único.
Houve um ACE, que renomearemos de Scooby-Doo, que malhava numa academia depois do expediente e certo dia ligou para o seu colega de trabalho, que renomearei de Bob Marley, e pediu para que ele lhe fizesse um favor: como Bob Marley também frequentava a mesma academia que Scooby-Doo e morava mais perto, será que ele poderia ir lá e pegar a calça e a toalha que Scooby-Doo esquecera no vestiário?
Ao ouvir isso bob Marley exclamou:
-O quê? Como é que você esqueceu sua calça?
E Scooby-Doo respondeu:
-Sei lá. Só sei que quando eu entrei no vestiário vi dois homens entrando e saindo...
Então Bob Marley não quis nem saber de mais detalhes. Foi lá, encontrou a calça e a toalha e entregou-as ao dono no dia seguinte.
Só resta a dúvida de como foi que ele saiu da academia sem as calças.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O cara de pau

Existe uma vila, no centro da cidade, que é conhecida por nós como "vila dos travecos" devido a grande quantidade de travestis que habitam no local.
A vila é um gueto insalúbre onde volta e meia aparece algum caso de dengue e lá vamos nós outra vez fazer bloqueio.
Numa dessas vezes os viados homossexuais se apaixonaram por um colega nosso que é um rapaz jovem, loiro, chamaremos ele de Clark Kent, mas os xibungos travestis o chamavam de másculo. É, por pouco o nosso amigo Clark Kent não passou voando para o mundo do arco-íris. Sorte que ele não estava sozinho. Pois zé.
Pior que isso foi a situação que passou outro colega nosso por lá. Ele foi bater num imóvel e o morador atendeu abrindo a janelinha da porta. O problema é que a janelinha da porta ficava na altura da cintura e com um detalhe: o morador estava peladão. Realmente um "cara de pau".
Convenhamos, um sujeito que atende uma porta pelado através de uma janelinha na altura da cintura não pode estar bem intencionado e dengue é sem dúvida a menor das suas preocupações.
Na boa, não sei o que é pior.
E ainda teve um ACE que trabalhou lá, fez a vila inteira, e quando lhe perguntamos sobre os travecos travestis ele disse "-Travestis? Onde?", esse cara deve ter visto só mulherão ali. Só ele que não percebeu que esses mulherões tinham tromba.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A moradora emplumada

Certa vez, um A.C.E. que vamos chamar aqui de Van Damme, estava trabalhando em um quarteirão pela primeira vez e bateu à porta de uma residência. Prontamente uma voz atendeu à batida perguntando:
- Quem é?
E Van Damme respondeu:
-É do combate a dengue, senhora!
E de lá de dentro a voz respondeu:
-Já vai!
Sem ter muito o que fazer o A.C.E. esperou. Esperou por um bom tempo, até que enfim imaginou que a "Dona" pudesse ter se esquecido dele ali do lado de fora e resolveu bater na porta de novo.
Mais uma vez a voz da pessoa atendeu prontamente:
-Quem é?
-É do combate a dengue, senhora!
-Já vai!
Repetiu-se o diálogo.
Provavelmente a pessoa deveria estar muito ocupada e acabou mesmo se esquecendo dele. Então o A.C.E. esperou mais um pouquinho e aproveitou o tempo para atualizar os FADs na sombra.
Quando já se perguntava se tentaria mais uma vez ou iria embora, surge descendo a rua o seu supervisor, que aqui vamos chamar de Michael Jackson. Ele já chegou perguntando por que o A.C.E. estava parado ali por tanto tempo.
E Van Damme explicou:
-Olha, Michael Jackson, eu já bati nessa casa duas vezes e a moradora me manda esperar mas ela não vem me atender. Acho que vou marcar como recusa e seguir em frente.
-Espera um pouco - disse Michael Jackson - tenta mais uma vez que eu vou olhar pela janela.
E o supervisor se posicionou num ponto onde conseguia ver parte do interior da casa atravéz de uma janela.
Novamente, Van Damme bateu na porta e novamente a conhecida voz perguntou:
-Quem é?
-É do combate a dengue, senhora!
-Já vai!
Irritado, Van Damme se volta para o supervisor e diz:
-Não falei? Ela sempre diz isso. Vou marcar como recusa e vou embora.
Rindo o supervisor responde:
-Ao invés de recusa você deveria marcar como fechado porque você esteve esse tempo todo falando com um papagaio.